quinta-feira, 20 de março de 2008

As perspectivas do design e do design editorial.

O que é perspectiva?

Segundo o dicionário de Silveira Bueno, a palavra perspectiva significa algo que se espera no futuro. Sendo mais amplo e menos objetivo, a perspectiva no sentido figurativo é uma visão de tendências ou necessidades em relação a algo em um determinado tempo.

Ao relacionar com o designer, não há uma perspectiva única, mas, muito provável, tendências a serem seguidas por todos, de modo a não ficar, de certa forma, atrasados.

Ao observar exemplos, no final do século XIX, onde, segundo Richard Hollis, o designer faleceu, a produção de livros seguiu um estilo dentro da Inglaterra que, ao seu redor, foram-se influenciados. Tipografias modernas inspiradas no século XV, variação de formatos, ilustrações, entre outros que gerou muita admiração no resto da Europa.

De 1914 à década de 20, a influência do designer foi a Primeira Guerra Mundial. Os pôsteres produzidos pelas nações eram de apelo para a guerra. Seguiam como objetivo o recrutamento de tropas. Nelas continham um sentimento de culpa caso não se recrutasse e deixar os outros arriscarem a vidas por elas. Tentava embutir no meio social o “correto” espírito masculino, cheio de militarismo romântico.

Mais atualmente, depois da década de 70, começou-se uma revolução, o uso de tecnologia eletrônica. Com ela veio mais agilidade não só no processo de produção, mas até no processo de criação, dando mais liberdade em seu projeto. Com o começo do computador no meio do designer gráfico, veio junto uma agilidade ainda maior e a necessidade de seu uso.

O designer hoje

O designer hoje vive em meio a várias maneiras de pensar, de culturas, de costumes no qual precisa ser não necessariamente um conhecedor, mas que tenha ferramentas necessárias para saber trabalhar em cima desde público.

Além disso, ele vive diretamente em contato com as novas tecnologias, sendo elas de extrema necessidade no trabalho da maioria dos designers gráficos.

Ao falar de necessidade, remete-se a atuação do designer em meio à sociedade. Ele não cria por criar, e sim soluciona problemas, procura meios de inovações, ele, de certo modo, “acaba” com as necessidades.

O designer editorial

O designer editorial tem um papel característico em seu meio. As suas criações têm como ponto referencial a passagem de uma informação, sendo elas periódicas em se tratando de jornal e revista, e outra não sendo periódica na maioria dos casos, o livro.

Estes são os principais objetos com o qual o designer editorial trabalha.

Na revista se trabalha mais com as imagens, mais colorido, possui característica mais periódica de uma semana, 15 dias, um mês, e pouco com um pouco mais de duração. Nela contém informação no que diz respeito a atualidades, sendo elas notícias, saúde, fofocas, científicos, estudos, outros.

O jornal já possui um caráter diário. Nele, normalmente, se têm as notícias, acontecimentos do dia-a-dia. Possui formatos característicos.

O livro é o que praticamente não possui periodicidade. Claro, existem exceções, mas no geral, todo livro é feito para durar tanto na qualidade quanto na informação que nela contém.

A perspectiva do designer

O designer não tem como fugir das inovações tecnológicas, das inovações de idéias, das novas maneiras de se pensar, mesmo que todas essas sejam em uma tribo restrita e pequena ou numa sociedade imensa.

O designer, cada vez mais, está vendo as mídias digitais como o futuro do designer. O exemplo mais atual e praticado é a internet que, de certo modo, revolucionou a comunicação em todos os sentidos. No entanto, até que o designer interferisse demorou anos.

Uma outra perspectiva do designer, seguindo mais uma visão do mesmo, é que as empresas vejam com melhores olhos o designer em si. Hoje ainda há pré-conceitos sobre eles, já que concorrem com micreiros e pessoas do tipo que cobram muito menos. Não observam pelo lado de que estudou para isso e leva como base para uma empresa a estética junto com a funcionalidade e praticidade da imagem da empresa.

A perspectiva no designer editorial

O designer editorial também não pode fugir das novas tendências, principalmente a da digital. Mesmo possuindo características fortes como objetos impressos, ele está cada vez mais ganhando espaço na internet.

A revista é o meio no qual já se destaca no mundo on-line. Possui características semelhantes ao de uma revista impressa, mas com a facilidade de se ler em casa, de graça, a qualquer hora. Também pode ser considerado que o uso de cor em uma revista é semelhante ao da internet, possibilitando assim uma dinâmica melhor para um leitor da web. O motivo de já se destacar é porque ela possui uma leitura fácil, com ilustrações em muitos casos e são acontecimentos atuais, no qual, interessa muito a um tipo de público.

O jornal também possui certo destaque na mídia digital. Ele possui uma característica de informação no qual sua a informação tem validade muito limitada, sendo até que algumas não passem daquele dia. No entanto há diferenças perceptíveis entre o impresso e o digital. Dentro da web, é visível o uso de cores e ilustrações com mais destaque, perdendo um pouco da essência do jornal que lemos no dia-a-dia.

O livro era uma mídia no qual se tinha muita esperança de se obter sucesso no mundo digital, no entanto foi o que “fracassou”. As pessoas que procuram a internet para se obter informação, querem informações rápidas, diretas e de fácil leitura. Não se tem o costume de se ficar lendo por horas, dias conectado a internet. A essência de se ter um livro e poder ler em qualquer lugar também podem ter influenciado neste quesito.

Conclusão

O designer e o designer editorial estão cada vez mais, de certo modo, dependentes da mídia digital. O mundo se moderna e junto com ele, as pessoas. Por mais que o designer possa ter idéias diferentes e novas, precisa acompanhar a sociedade no qual ele está submetido de modo no qual possa perceber e ter idéias inovadoras que é o que diferencia o bom designer do designer.